sexta-feira, agosto 29, 2008

Evolução mas não tanto...

Lembro-me perfeitamente da primeira vez que entrei numa estação do metropolitano de Lisboa, deveria ter uns 9 anos, fiquei fascinado com os corrimões vermelhos, tão lisinhos que pareciam rebuçados gigantes, o chão todo ele brilhava, como estrelas no céu, e os apeadeiros... Bem, tinham carisma, eram tão sombrios que poderíamos escrever um livro só tendo como cenário a estação. Hoje em dia, embora ainda haja uma ou outra estação de estilo antigo, tudo mudou tudo se modernizou. Há mais luz, há mais arte perto de nós, assim como televisões que põem os passageiros todos hipnotizados a olhar para o mesmo sitio, há muitos mais túneis e muito mais cores até mesmo nas linhas.
No metro os bancos são ergonômicos, é transmitida informação durante a viagem que embora por vezes enganosa lá vai informando das estações seguintes, há câmeras de vídeo a vigiarem e musica ambiente para acalmar, ou não.
A evolução é magnífica muito diferente de à 20 anos atrás, até colocaram portas automáticas transparentes que a cada dez pessoas que passam uma fica entalada, tudo em nome da segurança e dos que fogem ao pica. Inventam cartões recarregáveis para não se desperdiçar papel, e até máquinas para os vender.
As estações de metro mais parecem um centro comercial para as pessoas se irem distraindo enquanto percorrem grandes corredores para irem apanhar os transportes.
A mudança é estrondosa, mas na minha opinião, o maior de todos os problemas, que ainda me lembro de quando tinha os meus 9 anos, continua presente, sim porque não houve qualquer evolução nessa área. O odor, o cheiro, por vezes de se ficar verde de tanto suster a respiração, esse é o senão da perfeita evolução do metropolitano de Lisboa... Uma idéia... E que tal se de 15 em 15 minutos o metro liberta-se ambientador através de uns orifícios?? Ou melhor ainda, um detector de odor que ao activar começava a libertar perfume para a zona mais afectada. São só idéias para uma viagem melhor e menos enjoativa. Só para remediar o problema de algumas pessoas que têm a mania de não usarem desodorizantes.